É com enorme carinho que hoje trago a vocês um pouquinho sobre Georgiana Calimeris mais conhecida como Nana, autora de Luz de la Mañana, Gabs e Anna, Cores de Sabrina, Anima liber, e recentemente lançou sua mais nova obra A biblioteca de Alexandria, e logicamente que logo mais iremos publicar uma resenha aqui no blog.
Marcia S. Moreira |
Biografia:
Georgiana Calimeris autora brasileira que logo cedo se apaixonou pela literatura, quando fez 18 anos escreveu sua primeira obra e nunca mais parou, e assim foram mais de 20 anos produzindo.
L&S: Quando perceberam que o seu destino era ser
escritora?
GEORGIANA: Quando li Fernão Capelo Gaivota e quis fazer
algo com as palavras. O livro me ajudou e queria fazer o mesmo pelas pessoas,
que minhas palavras fossem de conforto ao contar uma história.
L&S: De onde vem os personagens? De alguma forma se
relacionam com alguém que conhecem?
GEORGIANA: Alguns vem em sonhos. Outros vem de situações.
Não sei precisar. Mas, diria que são todos facetas de mim mesma, que vem do
inconsciente seja por conta de um desejo não realizado seja porque preciso matar
uma pessoa na alma.
L&S: Qual o seu livro e autor favorito? Guiam-se
por eles na escrita de seus livros?
GEORGIANA: Só um? Caramba, tem tanta gente e tantos
livros. Mas, com certeza, um que me marcou muito foi História sem fim. Vou ser
bem clichê quanto a autor. Gosto muito de Neil Gaiman. Não muito. Li em um
artigo recentemente que Tolkien só podia escrever como Tolkien e que deveríamos
escrever como nós mesmos porque apenas nós podemos contar as histórias que
estão com a gente. Ou seja, só posso ser a melhor Georgiana Calimeris possível.
L&S:Enquanto esta
escrevendo, partilham a história com alguém para pedir conselhos?
GEORGIANA: Tive uma experiência bem desagradável há
alguns meses e me travou. Nunca mais faço isso.
L&S:Quanto tempo demorou a escrever seu livro?
GEORGIANA: Depende. Teve um livro que esperou 25 anos
para ficar pronto. A biblioteca de Alexandria levou uma semana, mas ela já
existia há anos.
L&S:Qual é a história dos seus livros ?
GEORGIANA: Ai, meus Deuses! São muitas histórias.
L&S: Como surgiu a ideia de produzir o seu primeiro livro?
GEORGIANA: O primeiro? Não lembro. Tem uns 25 anos que
isso aconteceu. O mais recente, que é o projeto atual veio de uma viagem que
fiz com meu irmão. A biblioteca de Alexandria veio por causa de 4 sonhos. Uma
noveleta chamada O amor e uma revolução também veio de um sonho que teve 3
partes. Dormi a primeira noite, acordei e quando dormi, o sonho continuou de
onde tinha parado como se eu tivesse feito uma pausa no filme. Daí, veio a
terceira parte.
L&S:Alguma personagem tem um pouco mais da sua
personalidade? Qual?
GEORGIANA: Acredito que todas são um pedaço de mim. Alguém
que eu gostaria de ser, alguém que eu fui, alguém que eu poderia ter sido.
Acredito que é a força do inconsciente que nos move para contar histórias e por
consequência nós somos o amontoado de personagens que surgem. Se for falar a
que mais tem algo de mim seria Angelique Duncan.
L&S: Você sempre foi escritora? Como surgiu a
vontade de escrever profissionalmente?
GEORGIANA: Acredito que sim. Foi a vontade de trabalhar
com escrita que me levou ao jornalismo. Desde que fiz o primeiro livro.
L&S: Qual
foi a maior dificuldade encontrada ao escrever os livros?
GEORGIANA: Não parar. Eu tenho um problema. Quando começo
uma história, eu tenho que fechar capítulos ou chegar até o fim o mais rápido
possível. Então, eu tenho dificuldade de parar de escrever.
L&S: Quais dicas você dá para quem quer iniciar a
carreira de escritora?
GEORGIANA: Estude. Conheça a língua portuguesa. Leia
muitos livros mesmo aqueles que você não gosta. Crie repertório. Mais uma vez,
estude.
L&S: Quais
são os amores e as dores dessa profissão?
GEORGIANA: Os amores... são poder fazer tudo, ser quem quiser, sair do mundo enquanto se cria uma história. As dores? Frustração quando recebemos um não, uma crítica virulenta ou mesmo alguma benéfica. Acredito que, como artistas, desnudamos a alma na arte. Não há roupa, não há como esconder nada. As palavras dizem quem somos mesmo que não nos apercebamos disso. Elas mostram nossa essência. Acredito que alguém que não sangra, chora e sofre por sua obra ainda não está pronto para ser lido. O artista é feito das cicatrizes da vida. São elas que permitem tornar o feio em poesia.
Que doce de pessoa, foi um prazer conversar com a Nana, deixo aqui neste poste um enorme abraço a ela e desejo toda a sorte do mundo com seus trabalhos, nós aqui do blog deixamos as portas abertas a ela.
Entrevistador: Joyce Almeida
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